Salve-se quem puder! (de onde veio essa expressão?)

Em 2016 eu tinha 28 anos, nesse ano, fiz a viagem mais longa da minha vida, em distância, quilometragem, e talvez tempo, mas tempo não tenho certeza. De qualquer forma em 2016, com 28 anos, eu estive numa cidade chamada Dornach, e ali perto existe um lugar chamado Goetheanum. Foi exatamente assim, que a Priscila de 2016 foi parar no Goetheanum, ela foi visitar um lugar que chamava Goetheanum, e que por acaso, estavam encenando uma apresentação de Fausto naquele ano, mas não assisti Fausto no Goetheanum em 2016, eu assisti uma outra coisa, cheguei na bilheteria a peça ia começar em cinco minutos algo assim, a pessoa da bilheteria me perguntou se eu era estudante, eu disse que não, mas que era brasileira, paguei meia no ingresso, não sei se por simpatia, ou não… ela saiu de trás da bilheteria, falou algo para a pessoa do lado, e me chamou, fomos correndo, passamos por umas portas fechadas, e fomos por baixo, algum lugar que não sei exatamente onde, e chegamos numa porta lateral no teatro de baixo, sentei na terceira fila talvez, bem perto do palco, porque já sai de cara com ele, não no palco principal, uma peça falada em inglês se não me engano, porque lembro de ter entendido alguma coisa, e eu não falo alemão, então acho que era inglês, e tinha ídiche no meio talvez, não sei, só lembro que o figurino era bonito, cheio de panos, não era euritmia, era teatro, e tinha um tocador de piano magnifico. A música ao vivo da peça, era fantástica, lembro pouco da história em si, lembro mais da imagem da peça, tons pasteis, de azul, branco, e amarelo são os que mais brilham nas minhas lembranças, e um rosado, salmão, e a música, os atores e atrizes cantando, um coro… E acho que um barco… além de uma casinha… Sai de lá… Aliás… não foi assim… isso foi depois.

Depois da primeira vez que entrei lá. Eu entrei lá, guiada por um rapaz, moreno, alto, magro, bonito, com um sorriso de um lado a outro do rosto, fizemos uma entrada rápida, passamos por portas com nomes nas placas, olhamos um camarim, ele mostrou onde eles trabalhavam, e mostrou o lugar que ficavam alguns figurinos, e subimos escadas, e descemos escadas, e andamos por corredores, e olhamos quadros, e uma planta do antigo Goetheanum, e subimos no palco… No palco principal, entramos por trás dos palcos, como se fossemos atores subindo no palco, e eu vi o teto. O teto do palco principal, e eu quase tive um treco, o teto do palco principal, é emocionante, eu fiquei quieta, talvez pela primeira vez durante a viagem toda, eu fiquei sem palavras, quieta… o palco, era engraçado estar em cima do palco, vendo-o falar sobre o oficio que exercia ali, era estranho, era familiar, foram tantas sensações que eu não estava mais em mim, eu tinha ido para outro lugar, eu estava sem estar.

Não lembro mais…

Mas sei que quando passamos a porta de volta, e chegamos ao ar livre, e eu olhei para trás e vi, o Goetheanum, eu chorei. Eu chorei porque me sentia completamente indigna de estar naquele lugar, eu chorei, porque entendi que havia um lugar na Terra em que podia-se sentir algo no próprio ar do lugar, que não sabia explicar o que era eu só traduzi como amor, chorei, porque pensei na minha mãe que estava no Brasil, e que eu queria que estivesse ali comigo, tendo aquela experiência. Eu chorei de alegria, uma emoção de felicidade, plenitude, contentamento, e também me senti desadequada, medo, insegurança, complexo de inferioridade, chorei por diversas emoções juntas, e chorei de alegria pela primeira vez na vida. Chorei de emoção.

De lá pra cá, eu lutei… Mas uma hora essa história faria sentido.

Como eu fui parar lá? Um dia estávamos almoçando juntos, eu e dois amigos, e um deles falou, ah! você vai no casamento? E eu disse, não, não fui convidada. Com um certo pesar, confesso, eu não era intima do noivo, nem o conhecia fazia muito tempo, mas lamentei não ter sido convidada, passou um tempo o convite chegou, foi depois dessa conversa, então sinto que houve um mover de palitinhos, em algum momento. Quando o convite chegou eu declinei na hora, pensei, ele me convidou por educação, por educação eu não vou aceitar… E ai eu perguntei, fulano vai? E fulano não me disse nem que sim, nem que não, e eu pensei, bom, se ele for, a fulana for, e eu não for, quando eles voltarem, eu não tenho mais chance com ele, e ai me falaram, ah! falta X para fulano ir com a gente, e eu pensei que aquele X, era ínfimo, e que ele ia acabar indo, então eu cheguei em casa e disse, mãe tem um casamento num lugar tal, de fulano de tal, e etc, e eu quero ir, posso? Mas antes, antes de pedir para a minha mãe, eu pedi a Deus, e disse a Ele, que se fosse do desejo dele que eu fosse, que a minha mãe deixasse e eu tivesse condições de ir. Sim, eu já tinha 28 anos, e ainda morava com a minha mãe, e não só morava, como pedia permissão, para a maior parte das coisas que fazia, principalmente algo assim, que para mim, era muito grande, porque eu nunca tinha saído do continente, e porque eu iria precisar de respaldo financeiro para fazer isso.

Bom pedidos a Deus feito, pedidos a mãe feito, pedidos atendidos. Até o último dia, eu pensei que fulano ia dar um jeito de ir, e ia, afinal, o amigo era intimo dele, não meu, e eu pensei que o casamento do amigo, era um bom motivo para ele ir… Eu não sabia muitas coisas… eu não sabia várias coisas… eu não sabia quase nada. Eu ainda não sei quase nada.

De qualquer forma… eu fui. E fulano não foi. Me diverti, me irritei, vi coisas novas, coisas muito antigas, senti sensações que nunca tinha tido, vivi momentos inesquecíveis, e aprendi a amar o Brasil, isso foi em 2016 lá se vão quase 10 anos, 10 anos é tempo suficiente para mudar o status de um amor, principalmente se estamos falando de países. De qualquer forma… Essa viagem, essa viagem mudou o rumo da minha vida, para pior, para melhor, não sei, só o tempo dirá. Mas o que me assombra, é que não fosse esse fato. Ano passado 2023, quando o congresso de natal comemorava 100 desde a primeira vez que aconteceu, no primeiro Goetheanum, aliás, no pós incêndio do primeiro Goetheanum, eu não estaria aqui no Brasil na sociedade antroposofica brasileira, comemorando esse acontecimento e refletindo sobre ele.

Nessas de… tentar fugir, e acabar cada vez mais presa nisso tudo. Agora eu não fujo, como o bisão eu entro de cara no olho do furacão, porque ai, eu sei vai acabar mais rápido. De qualquer forma, estou eu cá, 8 anos depois fazendo o curso de aprofundamento em antroposofia, eu comecei esse curso a primeira vez antes da pandemia, e não lembro o que aconteceu que eu não fui adiante nesse curso… nem sei se a turma que começou comigo foi até o final. Tudo que eu lembro desse primeiro introdutório, é que ele foi feito no teatro da sociedade, não sei se todas as aulas, mas a que eu fui, foi no teatro da sociedade, o Paulinho que faz aniversário no dia 13 de fevereiro, eu gravei porque é exatamente no mesmo dia que eu, e um outro rapaz, que eu não sei quem era, mas que subiu no palco e tocou violão, apresentaram o curso de introdução, e em algum momento, eles fizeram uma metáfora do que íamos aprender com a música do Gilberto Gil. A raça humana… A raça humana é, uma semana do trabalho de Deus… essa música, e essa apresentação no palco da sociedade antroposofica brasileira, é tudo que eu lembro desse introdutório a antroposofia, que se não me engano foi em 2019. Ah! e que fizemos algum exercício, em trios, duplas, grupos sei lá… algo que trocamos uns com os outros, mas não me pergunte, sobre o que, tenho zero lembranças disso. Não tenho certeza nem do ano, sei que foi um pouco antes da pandemia… foi entre 2016 e 2019. Não sei o ano. Nem sei se tenho como achar essa informação, mas não vou procura-la agora. De qualquer forma, venho desde então, digerindo a informação, de que a raça humana, é uma semana do trabalho de DEUS. Uma semana… imagina as coisas em que ele investiu mais tempo.

Brincadeiras a parte, estou dizendo tudo isso, porque eu não tinha percebido, até esse introdutório de antroposofia de 2024, que estou fazendo com presença de espirito pela primeira vez esse ano, que ano passado, nos cem anos do congresso de natal, nos meus 35 anos, eu estava justamente espelhando os meus 28 anos. O ano que eu conheci o Goetheanum, na minha biografia, espelha o ano dos cem anos do congresso de natal dos últimos anos de vida do Steiner.

Eu sei… não faz sentido, ainda não faz sentido para mim também. Mas eu, que nunca acreditei em acasos, e esse ano ganhei uma palavra linda para falar deles… Deuscidencias… não posso parar de pensar nisso. E quando vi isso exposto na tela do curso, estava ali, o espelhamento dos nossos anos dentro da biografia, e eu vi com clareza pela primeira vez, o que os meus 28 anos estavam espelhando, que tinha sido o ano passado, e eu ainda não tinha parado para pensar sobre isso em nenhum momento. Que por acaso, eu estava no Goetheanum, bem nos meus 28 anos, que é o retorno de saturno 28/29 anos… e que em 2023, aos meus 35 anos, eu estava vivendo os cem anos do congresso de natal… Parece estranho pensar que nada disso está relacionado uma coisa à outra, mas mais estranho é pensar que essas coisas estão todas relacionadas. E eu não sei o sentido delas.

Aos 30 eu surtei. Sai da realidade, e fui parar num sanatório. Aos 33 meu pai faleceu em julho, a minha avó também quando eu tinha 15 anos, chame do que quiser menos de coincidência. Nas minhas férias, NAS MINHAS FÉRIAS, sempre tem um acontecimento impactante, ah! eu conheci o Goetheanum em julho também… 1 de julho. Os 30 espelham os 33, não foi a toa que eu surtei aos 30, perder meu pai, foi até hoje a maior dor da minha vida, foi tão grande, que eu nem me permiti sentir tudo que aquilo causou em mim, eu vi minha sombra, do jeito mais cruel que poderia existir, eu nunca briguei com o meu pai, mas naquele período em que ele esteve doente, e isso foi durante a pandemia do corona vírus, nós brigamos, nós brigamos por coisas pequenas do dia a dia, e por coisas grandes da vida, nós brigamos por um monte de razões, que até hoje eu me arrependo, eu não precisava ter brigado com ele, ele era exatamente quem ele era, ele era fiel a ele mesmo, ele foi fiel a ele mesmo até o fim. Fosse bom ou mau meu julgamento dele, quem era eu para julga-lo, ele estava sendo exatamente quem ele sempre foi. E ele era meu pai, eu tinha que tê-lo respeitado até o fim. Mas invés disso eu briguei, e neguei um pedaço de pão que ele queria comer uma noite antes de falecer, porque o médico tinha dito que coisas ele podia e quais ele não podia comer, eu vou viver com esse fato, e me perdoar, e me odiar por esse fato por toda a minha vida, eu não tenho nenhuma dúvida disso, que merda de filha, não deixa o pai comer o pedaço de pão que ele quer comer, porque a porcaria de um médico disse que não podia, fodam-se esses médicos cheios de pode e não pode, o homem só morre quando Deus quer, é muita prepotência nossa achar que podemos aumentar nosso tempo de vida, é muita prepotência nossa.

Saber, que há médicos que diminuem esse tempo, isso precisamos saber sim, porque envenenar o organismo humano, mesmo que aos poucos, o que não é o caso da alopatia, ainda assim é um assassinato, e eu espero, a raiva dentro de mim, espera, que cada médico que agiu com um mínimo de consciência sem dar o melhor de si, encontre exatamente o que merece no final dos tempos. Eu fui envenenada enquanto precisava ser acolhida, passei 5 anos tomando veneno, e desses cinco dois estive completamente dopada, meu eu foi colocado fora de mim, pelos remédios. Muita merda nessa medicina atual e não vou começar a discorrer sobre isso, porque esse texto não terá fim. Procurem a medicina antroposofica, a alopatia, está matando vocês aos poucos, tem outras linhas fora a antroposofia, que são melhores que alopatia, saiam da dependência que o sistema medico e farmacêutico induz, se não querem me dar ouvidos, ótimo, é só pensar nos momentos grandes da história da humanidade, de que lado estava a indústria farmacêutica? Dizem que quando queremos encontrar o problema é só seguir o dinheiro, nesse caso eu diria, segue a linha da história, para trás, vai enrolando esse novelo atual, e vê por onde ele passa, e depois disso se você conseguir confiar neles, parabéns, você é muito mais evoluído do que eu. Eu não confio em quem tem a história da indústria farmacêutica nas costas, a medicina, como condutor em prol da vida humana, também não deveria mas ai, cada um com sua consciência.

Esse texto que parece ter vindo do além, vem um pouco do momento atual, e do passado, de um passado recente, e um passado muito antigo, no passado recente, milhares de pessoas morreram durante a pandemia, algumas morreram porque era destino, outras por descaso, outras por assassinato, mas a medicina não vai assumir seus assassinatos, e nós, não vamos puni-los por eles, ao menos não aqui nessa vida, não no aqui agora, não no corpo físico, mas meu bem, eu tenho certeza, que essas almas, vão aprender a puxar o pé dos médicos, vão aprender a dar o troco, porque é muito assunto mal acabado pairando no mundo espiritual, muito assunto mal resolvido junto, para eles não criarem forças de virem punir os culpados. Claro, tem Cristo mediando tudo isso também, e talvez esse desencarne coletivo, leve a uma redenção coletiva, e uma misericórdia coletiva, mas como eu ainda estou encarnada e viva. Eu ainda tenho sede de justiça, no antigo esquema olho por olho dente por dente, porque a nossa atual justiça tá falhando. Mas… isso é a minha sombra falando abertamente, eu em pleno 2024, não penso exatamente isso… é só uma parte do meu eu, que não cansa de ter sede de justiça, uma parte que alguns insistem em atiçar, mas que eu já coloquei sob domínio do meu EU, e entreguei para Deus, porque definitivamente, essa parte ativista, é a pior parte de mim. O mundo precisa de ativismo sim. Mas não do meu, do meu eu essa parte é sombra eu não tenho dúvida. A parte capaz da misericórdia, é melhor, que essa que quer justiça a qualquer preço. Mas só pra dizer que… Já que os pensamentos vão voltar para mim mesmo, tem todos esses junto com os da misericórdia, os de amor, eu vou doar para o cosmos, mas esses sanguinários, vão voltar comigo, eu não quero nem ver, quem vou voltar na próxima encarnação, se eu tiver que recuperar tudo isso que pensei, Deus me salve de mim, na próxima, porque dizem que eu vou nascer homem… Ai eu quero ver se essa parte que eu luto para ser misericordiosa vai se sobressair. Raiva… Percebe quanta raiva esse ser humano carrega. Muita. De muitas situações, mas não de pessoas especificas e eu amo isso em mim, minha raiva não é direcionada ao indivíduo, mas a um todo que é composto pelo indivíduo. Minha raiva, é a uma categoria profissional, minha raiva é a um certo meio industrial, minha raiva é de uma estrutura social, minha raiva é comunitária, eu acho que essa talvez seja uma ótima palavra para definir a raiva em mim, é uma raiva direcionada a uma comunidade inteira, ou talvez, a falta de uma comunidade, e a presença da descomunidade, minha raiva é para esse salve-se quem puder, e ganha quem sai na frente, quando na verdade, só evoluímos, só crescemos, só conseguiremos construir um amanhã melhor, se no hoje fizermos isso juntos. O indivíduo apesar de ser importante, não faz nada sozinho, a raça humana, por incrível que pareça, depende uns dos outros para existir, e para continuar a existir, e para concretizar o que tem que concretizar. Toda vez que penso em suicídio, eu penso nisso como punição para essa raça, que mata uns aos outros, de maneiras licitas. Também como alivio do martírio que é estar viva, sim viver para mim é um martírio. Estar viva, consciente, fazer tudo corretamente, com responsabilidade, fazer o melhor que eu posso, por minha conta, isso é um martírio. Eu só tenho alivio, quando acordo e entrego meu dia e minha vida a Deus, e digo a Ele, faça-se em mim segundo a sua vontade, porque a minha, faz anos que é sair desse jogo maluco em que se enfiou a humanidade. Eu penso as vezes, é mesmo, estamos pouco nos lixando uns para os outros, então eu vou foder com tudo no plano espiritual também, vou atrasar todo mundo, inclusive eu mesma, mas… eu tô pouco me lixando, afinal estão escolhendo uns em detrimento de outros, como se uns fossem melhores que os outros, sem prestar atenção, que todos somos um. Porque quando eu vou a um hospital público, e ele está cercado de tapumes e em greve, e eu chego num pronto socorro, e o médico que me atende, me passa 5 tipos diferentes de remédios, sendo um corticoide, o outro antibiótico, e outro sabe-se lá para quê, sem pedir nenhum exame, sem nem ouvir o que eu estou dizendo, eu sei, que isso não é tratamento médico, eu sei, que isso é sistema de limpeza humana, mas quem vai admitir isso? Quem vai admitir, que eles querem diminuir a população humana? Eu só não sei, com qual proposito… e quer saber, eu nem quero saber. Mas eu tô de saco cheio, de viver e ter que me transformar num ser humano, me empenhar nisso, e no caminho ver os outros seres humanos se degladiando, alguém me passou um dado que no momento atual, 2024 século XXI temos 108 guerras acontecendo no mundo nesse momento, 108 guerras. É guerra demais! Eu tô cansada e nem sei onde astear a bandeira branca. Para quem eu me rendo?

Deus eu me rendo pra você, o que eu faço agora? E Deus me diz: MARCHE! Sim, é exatamente o que ele tem me dito todos os dias, marche… eu queria integrar o grupo dos desistentes, que pulam do precipício para não retornarem e voltarem a ser escravos, ou para não lutarem, e claro eu não sou o grupo dos que iam orar, eu sou só o grupo dos que querem pular no precipício e acabar logo com isso, mas invés disso Deus diz…marche, e cadê, cadê o velhinho que vai entrar no mar na minha frente, até que o mar se abra? Cadê você velhinho de exemplo? Eu tenho que ser a que luta, a que foge, a que ora, a que desiste, e a que abre o mar? Qual é muito papel para um ser humano só. Precisa ter uns outros atores nessa parada aqui. Do contrário é muito texto pra decorar, muita posição para assumir, é muito tudo… eu conheci o Goetheanum, na suíça, na suíça a antroposofia pode ser maravilhosa, no BrASIL, é FODA. É muito carma junto. E eu tenho certeza que eu já tinha assumido um carma familiar, maior do que eu dava conta. E agora assumir esse carma nacional… Ah! qual é!?! Dizem que o Brasil não é para principiantes, e a gente não acredita quando escuta, mas é real, o Brasil não é para principiantes. Eu fui olhar o mapa astral do Brasil sabe o que tem na casa 2 (a casa do desenvolvimento financeiro, eu chamaria de economia), tem escorpião ali, o signo das profundidades, o signo das transformações… Pensa num país presdestinado a instabilidade econômica. Podemos chama-lo de Brasil. Se não me engano o mapa que vi é o mapa da republica, o nascimento da republica. Entende porque eu queria a monarquia aqui, porque ai a data muda, o destino muda, o futuro muda, tudo cambia…

Não… não era nada disso que eu ia escrever, aliás… eu nem acredito a sinceridade que me proponho diante o mundo, e vou expor isso sim, vou expor todos esses pensamentos, talvez Cristo dê um jeito em tudo isso assim que confesso, mas se ficar guardado aqui, sabe-se lá Deus, quando ou como eu vou lidar com tudo isso em mim. Para dizer, que passar, por pentecostes, junto com a cirurgia da minha mãe, no aniversário dela de X anos, não vou expo-la, e ainda fazer o introdutório a antroposofia com presença pela primeira vez, e pensar, em tudo que isso tudo está mexendo comigo… não tá sendo nada fácil, minha nada mole vida, e eu sei, tem uma tragédia no Rio Grande do Sul, dentro desse país chamado Brasil, mas eu olho para essa tragédia, e só penso, nas inúmeras tragédias avisadas que passamos todos os dias, sem ver, sem perceber, sem nos preocupar… quando foi que o Brasil ficou tão, entregue a si mesmo? É um pouco o que sinto que o mundo espiritual tem feito, tem nos deixado cada vez mais a nossa própria conta, e me azucrinam dizendo que eu não posso pedir ajuda a ele, porque ele é quem precisa da nossa ajuda, a me poupe, nós precisamos de muita ajuda, se nós somos os destinados a sermos luz, e brilhar, e enviar essa luz ao cosmo, primeiro precisamos saber o que é esse ser luz, primeiro precisamos ver a luz, visitar a luz… ah! Eu não mergulhei de corpo e alma na antroposofia, numa sociedade brasileira, pelo que conheci na sociedade brasileira, eu fiz isso, porque eu vi isso na Suiça, e lá, lá isso tinha um sentido e um brilho, que nós aqui, estamos lutando para que exista, mas… não sei se estamos se quer perto de conseguir. É difícil materializar a fraternidade, num país em que a igualdade ainda não conseguiu ser concretizada, quem dirá chegar a liberdade… é mesmo não é, tinha um grupo na europa, uns tais de franceses, que bradaram isso “liberdade, igualdade, e fraternidade”… mas também foram condenados, pela história… pelo passado, pelo presente… mas é um lema bonito, não posso negar, eu me identifico. Não com a luta, só com o lema. A luta… a luta me cansa só de pensar.

Deus… marche… marche… marche…

Pentecostes…

PENTECOSTES

PENT A A A A A A

COSTES…

COSTES..

EU ainda não sei nada.

EU ia contar a história, como eu vim parar em tudo isso graças ao amor, e só pelo amor eu continuo aqui, e como foi o amor que senti que me fez estar e chegar onde estou, eu ia mostrar A + B como foi tudo feito através do amor e pelo amor e para o amor, e só o amor mantem tudo em pé. Mas ai percebi, que é mesmo o amor, e que posso contar essa história pelo viés do amor, mas que hoje, agora, meu coração, está cheio de ódio, medo, e dor, e raiva, por todas as pessoas que perdi no caminho, e por estar trilhando tudo isso sozinha, eu e Deus, e Deus eu te amo, e sei que escrevi e disse que só Deus e suficiente, e sei que essa é a verdade, mas para mim aqui enquanto humana encarnada, a solidão, até a solitude, ela é insuportável. Esse sentimento de estar apartada de qualquer cais, esse sentimento de ser única, é insustentável. A insustentável leveza do ser… incrível, como com o passar dos anos, tantas referencias que ficaram guardadas em mim começam a fazer sentido, muito mais do que eu gostaria de fizessem.

Como ser um individuo, e ainda assim abraçar uma comunidade? Ser de fato uma comunidade? Como é isso de ser um e ser todos juntos? Mikael você me paga!

Quem foi que pediu para ser salva? Eu pedi! Eu sei, eu pedi! Mas ninguém me disse que a salvação tinha um preço, e que o preço era a própria vida, viver a vida, viver a vida dignamente, viver a vida responsavelmente, viver a vida com sabedoria, viver a vida com amor, o que para qualquer um pode ser leve, para mim é um peso estratosférico, como Prometeu, que tinha seu fígado regenerado todos os dias, para que sofresse todos os dias, por ter ajudado aos seres humanos. É assim que eu me sinto ao acordar todos os dias, como se estar viva, e querer ajudar a humanidade fosse o próprio castigo por querer viver… tem sempre tanto que eu queria contar, e quando começo a escrever sai completamente diferente do que eu queria dizer.

Não posso me encerrar num mosteiro. Porque estamos no século XXI. Não posso me matar porque estamos no século XXI. Não posso amar porque estamos no século XXI. Não posso não existir porque estamos no século XXI. Não posso não ser, porque estamos no século XXI. E não posso ser, porque estamos no século XXI. Não posso não poder, porque estamos no século XXI. Bendito século da liberdade em que nada se pode. LIBERDADE, é carma, cheguei a essa conclusão agora, ser livre, é se imbricar com o carma humano. Eu estou faz 7 páginas tentando contar da aula de segunda feira… Mas a essa altura, eu já desisti. A aula do André Kosarkas, foi dia 29 de abril, sobre quadrimembração, nessa aula ele trouxe a tona o fato de que o EU tem duas almas. Lide com isso, digira isso, esqueça isso, entenda isso, viva isso, aceite isso, discorde disso, refute isso, replique isso, faça o que quiser com isso… na saída eu tinha certeza de que não foi um encontro, foi um reencontro. E esse reencontro me desestabilizou não reencontrei a estabilidade até agora. Mentira! Já achei, já perdi de novo… como foi? – Talvez para você seja leve… como assim!!?!!?!??!?!? NÃO NÃO É LEVE PARA MIM. NADA É LEVE PARA MIM. Mas é só o que eu posso fazer, porque sem isso nada mais faz sentido. Sem isso, não há Cristo na Terra que me segure vive, eu encontrei um sentido para a vida, eu encontrei um amor maior que a vida, eu descobri porque todos as portas que bati estavam fechadas, mas eu não consegui aceitar a porta aberta, era tão estranho não ter que bater para uma porta se abrir, foi tão estranho receber um convite que eu quis aceitar na hora, com toda a minha alma, e por medo e outras mil questões não aceitei, e agora eu estou aqui, procurando em todas as minhas caixas, onde está esse convite… ele tinha prazo de validade? De qualquer forma, marche… e ai a próxima aula foi da Roberta Henriette, que me fez olhar para os espelhamentos biográficos, o tema da aula dela era “a biografia humana” e entre muitos insights e compartilhamentos de histórias, eu vi com clareza onde 2016 me trouxe. E estou ignorando outras coisas… tô aqui desde o dia seis de maio de 2024, estou aqui tentando refazer meu genograma, eu já fiz um há uns anos, mas não sabia que tinha esse nome, genograma, para mim era arvore genealógica, mas é claro que deveria ter um nome mais adulto e culto, genograma. Uma aula antes, ouvi a tradução da canção africana, sobre uma sobrinha que vai casar, e bate na porta da tia… e saber agora enquanto escrevo o que significa a canção em hebraico sei porque ela me deixa feliz, porque é uma canção de adeus, de despedida, e também uma canção para a chegada, para a recepção, achou que era mérito só dos italianos, usar os tchaus para ois e adeus, pois é os judeus fazem isso há mais tempo, shalom, shalom…

A aula seguinte, no mesmo dia do meu aniversário, no dia 13, a aula pela qual me inscrevi nesse introdutório, a cosmogenese, veio com a Luciana Betti, e uma atividade artística, feita com carvão, um desenho meditativo, um desenho meditativo em que os tronos, e os querubins são os pais dos arqueus… e essa imagem de que dentro da constituição universal houve um casal que se uniu e gerou algo tão maravilhoso quanto os arqueus, essa imagem do romance universal, ela fez a minha vida ter muito mais sentido, ela deu um gostinho a mais a minha existência, porque só o amor sacrificial estava pouco tinha que ter um romance nessa história, talvez tenha sido a forma de expor da professora, talvez seja o jeito angelical com que os meus olhos a enxergaram, não sei, mas ver a cosmogenese por essa perspectiva, fez tudo ficar mais bonito.

O que nos traz a última aula, enfim, cheguei segunda feira, ontem dia 20 de maio de 2024, em que a Isabela Soares, falou sobre o representante da humanidade, e eu não estava em condições físicas de estar lá, eu nem deveria ter ido, mas a minha alma falou, dessa vez você vai, nem que faleça no caminho, mas você não vai mais deixar as coisas passarem, não as que são importantes, e ontem, foi o único dia desse curso que teria aula de euritmia, com uma eurtimista formada, e além disso íamos estudar sobre o representante da humanidade que diga-se de passagem, é uma das minhas imagens favoritas, desde que tomei conhecimento dela. Então foi isso, ontem enfim, eu vi onde estão os 4 demonios, e percebi a posição das mãos do representante, que eu nunca tinha visto antes, e entendi algo sobre o gesto das mãos, que nossa… uaw! Faz tanto sentido, mas é tão duro ter essa consciência, a consciência desse pequeno ato, um ato das mãos, mas que empresta sentido a todo o restante, não fosse esse detalhe das mãos, talvez aquele pudesse ser qualquer homem. E engraçado que eu nunca tinha reparado na posição da perna, já despretensiosamente, mas não com profundidade, e ver aquela perna ali levemente posicionada me lembrou um outro cara que não é humano, mas que com certeza está junto desse humano, e sim, eu vou falar assim bem enigmaticamente, para você mesmo ir lá olhar o representante da humanidade, e admira-lo por horas, semanas, meses, anos, e ver o que mais você nota que está lá, que nunca notou antes. Eu não pude participar do exercício, porque não me lembro qual foi a primeiro impressão que essa imagem causou em mim. Então eu ouvi… o que todos disseram e me diverti com os julgamentos que as pessoas fizeram, como eu já sabia quem era quem nas imagens, achava muito engraçado quando de repente alguém via algo tão celestial, nas partes demoníacas, era no mínimo engraçado, e eu pensava sobre a transformação que tudo sofre com o agir do tempo. E o tempo todo eu queria dizer, vamos fazer como fizemos na aula do Bruno, vamos olhar o que está diante de nós, sem julgamentos, só descrevendo, mas não me atrevi a cortar o barato dos meus colegas… Eu fiquei ali ouvindo as viagens e viajando junto. E rindo… rindo muito internamente, de saber que o humor tá ali presente, quase que como uma piada mesmo, o quinto elemento, na verdade o sexto elemento do quadro… foi colocado ali, porque uma garoto sugeriu ao Steiner, que seria interessante essa elemento estar presente. Desde que ouvi essa história no congresso de natal, ela tem sido uma das minhas favoritas, ansiosa pelo dia que vou me deparar com ela por escrito, não só nas fofocas dos palestrantes, ou que o Steiner vai me contar em detalhes como foi essa decisão de colocar o humor observando tudo, para mim, isso já é em si, um super senso de humor, e para coroar a noite, vimos a planta baixa do Goetheanum, onde o representante da humanidade ficaria instalado, na planta do antigo Goetheanum, não era entre os planetas que ele estava, era depois do zodíaco, o que me leva a pergunta do dia, e a que eu vou levar para essa noite, do último dia da celebração de pentecostes na comunidade de cristãos, em que eu não consegui estar presente nenhum dia. E estou aqui lamentando esse fato, mas também me perdoando, porque eu precisava descansar, eu estou passando de todos os limites para continuar viva… então, o que tem depois da trindade?

Enquanto escrevia esse texto no computador, após digitar a música da Mercedes Soza… tudo cambia… que citei no texto, e fui ouvir após cita-la, fiquei ouvindo as músicas que tocaram na sequencia aleatória, uma me roubou para ela, aliás, duas…

A primeira: Charly García – Rezo por Vos e a outra: Jorge Drexler – Milonga del moro judio https://youtu.be/4ARfp059NTM?si=OorxLEBNYo34eYrQ

Que para mim, explica muito bem o que é pentecostes, talvez pentecoste dentro de mim, seja essa eterna milonga de um mouro judeu, que vive entre os cristãos, e não sabe que Deus é o seu. Para mim pentecostes ainda é confuso. A vinda do Espirito Santo, a formação de uma comunidade, a nova Jerusalém… esse ano eu vivi bem a páscoa, eu cheguei até a Ascenção… quer dizer, passei pela cruz, pela morte, a ressurreição, e ascendi… Mas daí a receber intelectualmente o Espirito Santo, esse processo eu deixei para o ano que vem, achei até que eu fui bem até aqui. É isso, pentecostes ainda me é uma incógnita, ainda é mistério.

Grata pelo comentário!